Confira as primeiras – e limitadas – impressões ao volante do novo SUV híbrido da marca chinesa

Por Fernando Miragaya
De São Paulo (SP)

Quando a gente pensa em lançamento da BYD a gente já fica ciente que o primeiro contato vai ser ridiculamente curto. Com o Song Pro 2025, novo SUV híbrido da marca chinesa, não foi diferente.

O test drive de lançamento do carro durou pouco mais de 20 minutos na área do bairro da Pompeia, em meio ao trânsito paulistano em um dia de semana pós-feriado. Ao menos, foi uma boa situação para verificar como o híbrido se comporta.

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E se o trajeto e duração da avaliação de estreia surpreenderam zero pessoas, o comportamento da faceta elétrica do Song Pro 2025 fez as honras de causar algum espanto.

Isso porque as respostas do conjunto da versão topo de linha GS não seguem aquela prontidão vista até em rivais híbridos como o Haval H6. Isso foi percebido já em uma rampa do estacionamento do Allianz Parque, o estádio do Palmeiras.

Em velocidades baixas, o motor elétrico é mandatário. Só que o carro embicou na rampa e,  mesmo mantendo o pé no acelerador, um delay fez quase o SUV parar no meio da subida.

É necessário pisar fundo para o Song Pro 2025 embalar no curto aclive. Detalhe que com uma suavidade difícil de se perceber em elétricos e mesmo em híbridos em modo EV.

No anda e para do trânsito, a mesma pegada: nada de acelerações abruptas. Uma proposta evidente de conforto reforçada pelo ambiente a bordo do BYD Song Pro.

Os bancos inteiriços acomodam bem o corpo e têm revestimento de bom gosto. O mesmo pode-se dizer do acabamento interno e dos materiais que aparentam qualidade e até um quê de requinte, sem exageros.

Destaque para o acolchoado das portas e de partes do painel. Ainda no tablier, um revestimento texturizado contrasta com o preto brilhante – que já tinha bastante marcas de dedos e poeira acumulada.

O isolamento acústico em velocidades baixas se mostrou eficiente. Enquanto o acerto de suspensão merece uma calibragem para a realidade das ruas brasileiras. Sofreu nos buracos e valetas de São Paulo.

Infelizmente não podemos constatar do que esse Song Pro 2025 GS com mais de 200 cv é capaz. Passamos dos 50 km/h apenas uma vez com o SUV. Uma pena que a própria marca acaba não valorizando o produto ao não permitir uma avaliação mais longa.

Desta forma, também não foi possível avaliar a dinâmica do SUV híbrido. Ao menos, percebe-se que o diâmetro de giro do volante é limitado e exige do motorista na hora das manobras.

Dito isto, o BYD Song Pro é melhor que o Corolla Cross. Difícil dizer, ainda mais que o pós-venda da chinesa é recente e uma incógnita – quesito onde a Toyota é reconhecida globalmente.

Mas a proposta de rodar mais suave claramente vai de encontro ao que um cliente da marca japonesa quer. E o conjunto híbrido do Song Pro 2025 é bem mais avançado que o do rival.

Agora, cabe às marcas cumprirem seu papel para ver quem se dá melhor no segmento.

Foto principal | BYD/Divulgação