Em encontro com a presidente Dilma Rousseff na manhã de hoje (1) em Brasília, o presidente do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, confirmou a construção de uma nova fábrica de automóveis da Nissan em Resende (RJ). Com a iniciativa a marca japonesa pretende quintuplicar sua participação de mercado automotivo brasileiro, hoje de 1%, até 2016.
Segundo o site da Presidência da República, Ghosn também teria confirmado a ampliação do Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), de onde saem modelos Nissan e Renault. Mas isso só será oficializado na próxima semana. Com essa ampliação a participação da Renault deverá subir dos atuais 5,5% para 8%.
Os investimentos na nova fábrica não foram divulgados, mas estima-se que sejam de 1,5 bilhão de dólares. De Resende deverão sair o March, recém-lançado no Brasil, e mais adiante outros modelos derivados da plataforma V, como o Versa – que chega em novembro. Atualmente os dois são fabricados em Aguascalientes, no México.
Carlos Ghosn teria saudado a decisão do governo de aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros com menos de 65 por cento de conteúdo nacional. “A decisão do governo de aumento de IPI é um incentivo para as montadoras produzirem localmente, sem nenhuma dúvida… 65% de conteúdo local é um nível que nós consideramos totalmente razoável para quem quer realmente contribuir para o desenvolvimento do Brasil”, afirmou o executivo que nasceu no Brasil, passou parte da infância e juventude no Líbano e é naturalizado francês.
Após o encontro, a presidente Dilma teria incumbido ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, um estudo sobre a viabilidade de incluir automóveis elétricos na matriz de transportes brasileira, provavelmente inspirada no fato de a Nissan ser líder mundial no desenvolvimento de carros elétricos.
Fonte | Reuters, Agência Brasil
Foto | José Cruz/Agência Brasil, Nissan
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