A linha 2012 do Volkswagen Passat dá as caras no Brasil,  talvez apenas para não encobrir o lançamento mais pomposo da marca que acontecerá ao mesmo tempo, o do Touareg 2012, na próxima semana. Embora os detalhes tenham sido revelados, ainda teremos que esperar um pouco pelos preços. A grande novidade é que ele agora é adepto ao novo estilo de design da marca, de gosto um tanto subjetivo, o modelo chega nas versões sedã e Variant (perua) e traz como destaque novos sistemas eletrônicos, alguns inéditos, principais responsáveis por distanciar o Passat do Jetta…

Com novo design, a nova dianteira traz novos faróis com LEDs (15 em cada um) e grade com frisos cromados. Novo para-choque também entrou na receita. A traseira nas duas versões tem linhas que lembram os carros da Audi, em especial o novo A6. O interior passou por poucas mudanças. Há novos comandos no console central e melhor acabamento interno, enquanto os painéis das portas e os assentos (com ajuste longitudinal para o encosto de cabeça e ajuste elétrico como opcional) são novos.

Aliás, os bancos podem receber couro preto, bege ou marrom. No que diz respeito ao portamalas, o sedan dispõe de 485 litros de espaço e a variant conta com 513 litros. Mas o interior ganha destaque com os equipamentos adotados pelo Passat. A novidade é o sistema de detecção de fadiga, que identifica sinais de cansaço do motorista e o avisa através de um sinal auditivo com cinco segundos de duração. Uma mensagem visual também aparece no painel de instrumentos, recomendando que o condutor pare para descansar, e se for necessário repete o aviso a cada 15 minutos.

O sistema ACC – controle de velocidade de cruzeiro aparece em sua segunda geração. Mais complexo, além de manter a velocidade do carro, agora, por meio de um radar identifica a necessidade de frear o carro de acordo com o tráfego, mas com o objetivo de manter a velocidade inicial, que pode ser feito nos modos normal, comfort e sport. Se necessário o sistema pode levar o carro à imobilidade.

O controle de cruzeiro pode ser desligado, mas o sistema mantém o monitoramento sempre, até os 200 km/h, relatando quaisquer situações de perigo iminente ao motorista. Na possibilidade de uma colisão o sistema alerta o motorista ao mesmo tempo que aumenta a proximidade das pastilhas de freio dos discos. Sem reações, ou caso o motorista não seja eficiente, o sistema age por si só, podendo parar o carro. Na pior das hipóteses, ao menos os danos serão menores…

O sistema park-assist também está presente, e em sua segunda geração. Agora, além de atuar em vagas paralelas, trabalha também em vagas perpendiculares e o espeço precisa ser apenas 80cm maior que o carro (antes eram 140cm), graças aos seus 12 sensores ultrassônicos. Como antes, o motorista apenas se encarrega de controlar a velocidade com o freio.

O sedã tem teto solar tradicional, enquanto a perua tem um panorâmico três vezes maior, além de abertura elétrica do portamalas. Ambos possuem freios ABS com EBD, controle de estabilidade, auxilio para partida em aclives, seis airbags, freio de estacionamento eletrônico, faróis bi-xênon, sensor de chuva e rodas de liga-leve de 17 polegadas.

Mas vamos a minha parte preferida: o motor! Se trata do motor 2.0 TSI que também equipa o elogiado Jetta Highline. Mas esta é uma outra versão, que também equipa o Golf GTI. São 11cv a mais, num total de 211 a 5.300 rpm. O torque máximo, de 28kgfm, está disponível entre 1.700 e 5.200 rpm. O Passat TSI atinge a máxima de 210 km/h, mas para chegar a 100 km/h leva 7,6 segundos e a Variant, 7,7 segundos. O câmbio DSG de dupla embreagem com seis marchas tem culpa neste resultado. Para melhorar o consumo – não divulgado – os dois modelo trazem o sistema stop/start, que desliga o motor quando o carro estiver parado tornando a ligá-lo assim que o acelerador for acionado.

Fotos | Ricardo Hirae/Volkswagen/divulgação

Acompanhe também o Auto Segredos pelo Twitter