InícioMercadoEntenda porque a importação de automóveis ficou mais difícil

Entenda porque a importação de automóveis ficou mais difícil

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Presença comum nas ruas e avenidas brasileiras, os carros importados, principalmente da América Latina, passaram a enfrentar um forte obstáculo para entrar no país. Tudo começou na última quinta-feira, 12 de maio, quando o governo federal estipulou que todos os veículos provenientes de países que integram o Mercosul têm que passar por um processo de análise antes do desembarque em solo nacional. O procedimento pode levar até 60 dias para ser realizado. Até o anúncio da medida, havia uma licença automática e imediata para os produtos em questão.

A justificativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é econômica, tendo como objetivo equilibrar a balança comercial, que pende mais para o lado das importações que para o das exportações, situação para a qual contribui fortemente a valorização do real frente ao dólar. Contudo, por coincidência ou não, a barreira foi imposta depois de várias semanas de negociações infrutíferas com a Argentina, que desde março mantém cerca de 2,5 mil máquinas agrícolas e 870 mil pares de calçados brasileiros retidos em seus portos. O país vizinho é responsável por aproximadamente 44% dos automóveis trazidos para cá.

O Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, nega a possibilidade de retaliação comercial. Em reportagem transmitida pelo Jornal da Globo no último dia 12, ele afirmou: “não é retaliação, nós não usamos esse tipo de prática, embora até esteja previsto na norma da OMC (Organização Mundial do Comércio). Mas jamais fizemos isso com nenhum país e nem faremos com a Argentina, que é um grande parceiro comercial do Brasil.” O governo destaca ainda que a medida vale também para outros países que fornecem carros para o mercado brasileiro.

Na última sexta-feira, a Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), divulgou uma carta aberta apoiando a adoção da barreira burocrática. A entidade reúne 30 marcas estrangeiras de países fora do Mercosul, que não gozam de acordo comercial com o Brasil e pagam 35% de impostos alfandegários. O documento destacou que os carros desses fabricantes correspondem a 4,92% das vendas do mercado interno. O comunicado também destaca a importância dos produtos provenientes do exterior para o mercado local, com conseqüências como geração de empregos e movimentação do mercado.

Segundo a jornalista Marina Guimarães, da Agência Estado, Mercedes-Benz, Toyota e GM já estariam sendo atingidas pelo procedimento. Ao todo, 79,85% dos veículos importados são trazidos por empresas que possuem fábricas no Brasil. Cabe ressaltar que a nova regra de importação vale só para automóveis prontos. Autopeças, como pneus e transmissões, estão isentas da vistoria.

Fotos | Appa (Administração dos portos de Paranaguá e Antonina)/Divulgação

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